Um plano de capacitação na Índia

Rodeado pelo Mar Arábico e pelo Golfo de Kutch, o distrito de Kutch (Kachchh) na Índia é uma região exposta a sismos e inundações. 30% da sua população é urbana e vive em cidades drasticamente danificadas por sismos recentes mas a maioria dos residentes habita em regiões rurais. 40% são considerados subnutridos e 25% vivem em condições de extrema pobreza.

Para melhorar as condições de vida no distrito, a Cargill adotou uma abordagem de longo prazo, procurando soluções para questões complexas como a sustentabilidade financeira e a segurança alimentar. Enquanto financiador único de um projeto quinquenal em colaboração com a organização sem fins lucrativos CARE, a Cargill doou quase 3 milhões USD para ajudar a lançar o K-LEAP (o Projeto de Promoção da Educação e da Subsistência de Kutch) em 2008, um programa que se centrou em três iniciativas: apoio aos agricultores, capacitação das mulheres e educação das crianças.

O K-LEAP faculta o acesso dos agricultores a centros de serviços agrícolas e a locais de recolha de leite, sendo de registar um aumento de 50% na produtividade da agricultura e de 182% nos salários dos produtores de leite.

«As mulheres trazem a mudança para o seio da família. Quando se faz algo pelas mulheres, elas retribuem, fazendo-o pelas [suas] famílias.»
— Veena Padina, Diretora do Programa para o Estado de Gujarat, CARE

Para criar oportunidades para as mulheres, o K-LEAP dá apoio a 400 grupos de autoajuda com 5 mil membros. Estes grupos ministram formação financeira e empresarial que já ajudou mais de 1.600 mulheres a gerar os seus próprios rendimentos.

Numa região em que a educação dos rapazes é limitada (e frequentemente inexistente para as raparigas), o K-LEAP quer melhorar a qualidade da educação e criar igualdade nas escolas. O programa financia novos manuais, apoio técnico e formação para mais de 3 mil professores.

Atualmente, o K-LEAP cumpre os seus objetivos, com resultados positivos em mais de 9 mil famílias de mais de 225 aldeias de Kutch. Mais de 70 mil rapazes e raparigas frequentam a escola regularmente e aprendem as competências que lhes permitirão quebrar o ciclo de pobreza da sua geração.